O rancor resulta do teu desagrado face ao comportamento de outras pessoas que de algum modo te magoaram, te afetaram e que não consegues esquecer. E quanto mais pensas nessas situações ou pelo simples facto de veres essas pessoas ou ouvires o seu nome, voltas a reviver a situação e a sentires mal com isso.
No entanto guardar rancor, ou mesmo alimentar o mesmo, apenas te afeta a ti e não à outra pessoa. Ou seja estás a duplamente a conceder poder a essa pessoa de te magoar incessantemente cada vez que te lembras dela ou do que ela te fez.
Esse rancor é um sugador da tua energia e quanto mais o alimentas com a tua atenção mais prisioneira vais ficando dessa situação em concreto e sob a influência dessa pessoa, que crês tanto mal te criou. Podes no entanto fazer uma escolha diferente, podes escolher assumir o poder sobre o que permites que te incomode ou não.
O que as outras pessoas fazem apenas diz delas, o que tu fazes diz de ti. Na realidade os outros não nos fazem nada que não permitamos. Isto pode parecer um pouco desadequado para ti, se sentes rancor atualmente face a alguém, mas de facto assim é, pois a realidade é um espelho do nosso interior.
As pessoas e situações que ocorrem na nossa realidade não ocorrem por acaso e por muito difíceis que sejam de aceitar e lidar, se acontecem é perfeito que aconteçam, não implica que sejam boas para nós do nosso ponto de vista, mas trazem em si algo para te comunicar, para que aprendas e eleves o teu nível de consciência.
Ora quanto mais rancor guardares menos recetiva a aprender estarás perante tais acontecimentos, o que pode resultar na realidade o enfrentar de situações semelhantes ou mais intensas, por forma a que sejas forçada a aprender, a tomar consciência do que tens de tomar consciência.
O rancor é uma limitação do teu poder pessoal, é uma escolha que diminui a tua capacidade de resposta consciente e um sentido de vulnerabilidade assoma em ti. Quando em essência nada te pode limitar, nada pode diminuir o que quer que seja daquilo que és, pois tu és perfeita, assim como és.
Escolhe agora deixar de alimentar o rancor que possa surgir em ti, e fazes isso observando-o quando ele surge. Repara de que modo se manifesta em ti, que sensações produz no teu corpo, que pensamentos surgem associados a ele. Observa apenas, sem rejeitar de imediato, sem negar que está lá, pois aquilo a que resistes persiste.
Da mesma forma que esse rancor surge ele parte quando não o alimentas. Deixando partir o rancor verás que ficas mais leve, mais em paz contigo mesma e o que a outra pessoa fez fica com ela, já sentiste o que tinhas a sentir com essa situação não necessitas de a reviver vezes sem conta.
Isso não significa que aceites como bom tais comportamentos apenas significa que decides que poder lhes concedes sobre ti e sobre o modo como decides viver a tua vida. Quanto mais fizeres isso menos serás confrontada com tais situações e mais em fluxo com a vida estás porque escolhes aquilo que te mostra a tua força, em vez do que te faz mais fraca.
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