sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Relembra quem és de verdade e tudo se simplifica





A vida é simples tal como é, já aquilo que consideramos ser a nossa vida, não é a vida por si só, mas sim uma interpretação nossa. Nós vivemos a vida que percecionamos, vivemos em função dos julgamentos que vamos fazendo e estes são resultado das nossas crenças, dos filtros que temos. Existem tantas vidas quanto o número de pessoas, nenhuma é igual à outra. 

Podemos estar a viver um mesma situação, mas a forma como ela é vivida é diferente para cada uma das pessoas envolvidas. E nenhuma delas é mais certa do que a outra. Cada ser humano procura fazer o seu melhor de acordo com o seu nível de consciência, de acordo com as crenças enraizadas que possui, que a levam a agir da forma que agem.

Cada ser humano é uma coleção de estórias que cimentam uma ideia de personalidade vivendo essas mesmas estórias. E no entanto essas estórias são meras projeções limitadas ocorrendo nesse espaço ilimitado que somos em essência. Nada do que possa acontecer na nossa realidade humana coloca em causa aquilo que somos em essência.

A essência é essa testemunha silenciosa que tudo observa, que tudo aceita, sem se deixar afetar, pois é através de cada uma dessas experiências que se torna ciente de si mesma. Podemos enquanto humanos, sendo uma expressão limitada da essência, relembrar quem somos, e como fazemos isso:

Aceitando aquilo que é
A vida é perfeita como é e o que quer que ocorra já foi aceite pela essência do que somos, pois de outro modo não aconteceria. Este aceitar não significa inação, um cruzar de braços e nada fazer. O que este aceitar significa é que agindo como agimos não extrapolamos para lá daquilo que acontece. Os problemas surgem porque nos afastamos daquilo que é e criamos cenários sobre o que acontece.

Atenção plena
Vivendo o presente como ele é, sem desejar que seja outra coisa qualquer e com desapego. Pois por muito difícil que nos pareça determinada situação, ela não nos define e tal como começou irá terminar. Tudo é mutável, tudo é passageiro, na realidade humana. Sejam as situações más, sejam as situações boas.

Fluir com a vida
Deixando de resistir à vida que somos, descobrimos que não existe separação entre aquilo que somos e a vida. Nós somos vida em plenitude. Deixando de tentar controlar a vida, tentar que esta seja aquilo que julgamos que deveria de ser, encontramos a simplicidade da mesma, pois é a nossa ação que a complica e nada mais. 

Permitir Ser
Quando terminamos a resistência à realidade e nos permitimos aceitar aquilo que é, quando permitimos que tudo seja aquilo que é, todas as possibilidades se tornam disponíveis, pois deixamos de nos criar condicionalismos, de criar barreiras ao que podemos ser. O que quer que desejamos ser fica muito aquém daquilo que somos de verdade. Já somos tudo aquilo que poderíamos ser, ainda que não tenhamos consciência disso.

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