sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Dicas para desenvolver a empatia



Empatia é estabelecer conexão com o outro, é conseguir entender o ponto de vista do outro, aquilo que ele está a sentir, e agir de acordo com isso.

 Só calçando os sapatos do outro poderemos compreender porque reage como reage, porque sente aquilo que diz sentir. Através da empatia tornamos ciente que na verdade não existe separação entre nós, que somos todos Um. Isso não significa que sejamos todos iguais, mas sim que aprendemos a lidar e a aceitar essas diferenças.

A empatia significa compreender o outro, significa estar presente com ele naquele momento, sem julgar, sem interferir, respeitando aquele ser tal como ele é naquele momento.

Numa sociedade muito individualista, onde o sucesso é o objetivo primordial, e que passa por ter muito dinheiro, por ter um estatuto elevado, pela riqueza material. Onde por vezes, se passa por cima dos outros para se conseguir esse sucesso, acreditando que se vive numa selva, onde apenas os mais fortes sobrevivem. Esquece-se que o outro também existe e que não está assim tão separado de nós.

Passar de um paradigma de "o que eu ganho com isso" para um diferente que é "o que eu posso contribuir", o que posso dar de mim aos outros e estar, de igual forma, recetivo a receber o que o outro me tem para dar.

Para desenvolver a empatia contribui muito conhecermo-nos melhor, quanto mais ciente de si está, mais ciente fica de que está conectado ao todo. Que tudo está ligado, aquilo que pensamos e fazemos impacta a nossa realidade e todos os que dela fazem parte. 

Ninguém é dispensável, todos sem exceção tem um papel relevante para o equilíbrio do todo. E aqueles que tendemos a ignorar, a olhar para o lado pensando que assim nada tem a ver connosco, tem muito para nos ensinar e receber de nós. 

Ser empático não é o mesmo que ter pena, ajudar porque os outros são uns coitadinhos, que sem nós não conseguem sobreviver. Pena resulta mais em sobranceria, mesmo que inconsciente, em que nós que somos melhores que os outros podemos dispensar a nossa ajuda. Já ser empático nada tem a ver com  moralismos, de ser melhor ou pior do que o outro, mas sim de se dar espaço para aceitar o outro como ele é. Compreender naquele momento de conexão o ponto de vista do outro.

E compreender o ponto de vista do outro não significa que estejamos de acordo com ele, que tenhamos de o aceitar como bom para nós, mas sim que aceitamos que é assim que naquelas circunstâncias a pessoa reage, reconhecemos aquilo que sente e estamos ali presentes com ela.

Existem tantos pontos de vista quanto o número de pessoas, cada um de nós tem as suas referencias, os seus filtros que lhe permitem percecionar o mundo ao seu redor. Respeitando os pontos de vista diferentes do meu, permito que os outros respeitem também o meu.

A empatia cabe em todas as relações, das mais próximas, ás mais passageiras.

Ser empático significa não julgar à partida, não julgar pelas aparências, pois a realidade tem sempre razão, nada acontece por acaso. O que quer que ocorra é perfeito que ocorra, pois de outro modo não ocorreria. Se tivéssemos sempre a visão alargada do todo perceberíamos a a perfeição daquilo que é, e como tudo encaixa no seu devido lugar.




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