segunda-feira, 9 de junho de 2014

Serás má pessoa se não gostares de todas as pessoas?



No decorrer da nossa vida lidamos com muitas pessoas, algumas delas por pouco tempo e outras acompanham-nos ao longo da nossa vida. Mas será que temos de gostar de todas elas para sermos boas pessoas.

Existem pessoas que nos agradam, algumas conseguimos dizer porquê e outras não, simplesmente gostamos delas e não o sabemos explicar. Assim como existem outras pessoas que antipatizamos de imediato e sem nenhuma razão aparente para tal.

E esse antipatizar pode-se aplicar a familiares próximos. Será correto ter esse tipo de sentimentos perante aqueles que nos são próximos? Fará isso de nós más pessoas?

Como lidar com essa situação? Devemos reprimir tais sentimentos e nos martirizar por sermos “maus”?

Na realidade tudo isso são julgamentos, são pensamentos que pululam na sua mente, mas que não o definem, não dizem nada acerca daquilo que é a sua verdadeira natureza.
Todas as pessoas que surgem na nossa vida não o fazem por acaso, não são um mero acidente. Elas refletem aspetos internos nossos que precisamos de lidar como forma de elevarmos o nosso nível de consciência, de nos conhecermos melhor.

E as pessoas que melhor servem esse propósito, são precisamente aquelas que menos gostamos, aquelas com as quais antipatizamos. Estas mexem connosco, espoletam sensações internas que nos tiram da zona de conforto.

Temos assim duas escolhas que passam por resistir e evitar lidar com essas pessoas ou reconhecer a sua existência e ter abertura de mente para aceitar aquilo que elas tem para lhe ensinar sobre si.  Reconhecer que aquilo que pensa sobre os outros diz mais sobre si do que sobre essas pessoas. A opinião que forma sobre essas pessoas nada tem a ver com o que elas são, mas sim com aquilo que você é. E não se trata de ter culpa, mas sim de assumir a responsabilidade e mergulhar dentro de si para se conhecer melhor.

A forma como escolher lidar com essas pessoas “difíceis”, terá para si efeitos práticos na sua realidade. Assim se a sua realidade não lhe agrada neste momento, faça uma pausa e verifique como tem tratado a sua vida, como tem tratado quem dela faz parte. 

Tendo sempre a certeza que pode escolher ver de forma diferente, pode escolher de novo e continuar a aprender. E isso não implica que tenha de gostar de quem não gosta neste momento, mas sim que aprende com elas, conhece-se melhor e desse modo mudará aquilo que tiver de mudar.


Sendo perfeito que assim seja, sendo simples assim como é.

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