segunda-feira, 21 de abril de 2014

As relações nunca falham



 As relações nunca falham, elas são perfeitas tal como são, aquilo que pode falhar é a tua perceção desses relacionamentos. Os relacionamentos não devem ser medidos pela sua duração, não é o tempo que duram que ditam se são bem sucedidos ou se são um falhanço, uma perda de tempo.

Quando os relacionamentos terminam procura-se culpados para esse desfecho, por vezes resulta uma ideia de uma vida desperdiçada num investimento total naquele relacionamento que vê chegar o seu término.

Todos os relacionamentos são perfeitos tal como são, independentemente do seu tempo de duração, e assim o é, porque é o que ocorre. Ninguém surge na nossa vida por acaso, todas as pessoas sem exceção acrescentam algo em nós e levam algo de nós consigo. Isto é assim para breves encontros como para longos relacionamentos.

As pessoas que surgem na nossa realidade espelham aspetos nossos, pedaços da nossa realidade interna exteriorizados para que os experienciemos ao máximo, no fundo estamos sempre a relacionar-mo-nos connosco próprios. Não com a ideia que temos de nós, mas sim com o ser pleno que somos.

Quando os relacionamentos terminam aquilo que falha de verdade são as expectativas que foram criadas acerca da outra pessoa, toda a estória de idealismo criada entorno dessa pessoa e não aquilo que ela é de verdade. Na maior parte dos relacionamentos as partes envolvidas são uma pessoa e as expectativas criadas sobre a outra pessoa e não a outra pessoa como ela é de verdade.

Os relacionamentos que duram mais tempo não são aqueles que são perfeitos no sentido que tudo corre sempre bem, mas sim aqueles onde cada uma das partes é genuíno, é honesto consigo mesmo e com o outro, mostrando-se como é e permitindo que o outro se mostre como é também, com todas as suas fragilidades e defeitos, pois é disso que se fazem os humanos.

A perfeição é algo que é o que somos em essência, logo o que enquanto humanos podemos criar e experienciar é a imperfeição, é a limitação e a tentativa de as superar.

Quando os relacionamentos terminam podemos optar por nos agarrarmos ao passado e ruminar nas causas do seu falhanço, procurando culpados para o sucedido. Ou então aprender com o que nos ensinaram, elevando a conexão com a essência e ficando recetivos a aprender mais e a partilhar o nosso amor de novo.

Pois o amor que possuímos, que somos de verdade, ele é inesgotável, ele é pleno, não necessita de nada mais para ser completo. Deixando de exigir que outrem nos complete, descobrimos que sempre tivemos o que julgávamos faltar e ficamos desse modo livres para desfrutar em pleno do outro tal como é, sem nos diminuirmos. 

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