quarta-feira, 19 de março de 2014

A verdadeira mudança



Tal como as neurociências já o atestaram o estado de consciência de um humano representa cerca de 5%, sendo os restantes 95% estado de subconsciência. Isto não pretende ser um post científico, estas percentagens valem o que valem, mais do que focar nas percentagens, fica essa noção de que a esmagadora maioria das nossas ações e pensamentos resultam desse subconsciente, daquilo que não temos noção atenta. Dai que muitos dos esforços que se fazem para mudar acabam por fracassar.

Pois em consciência a decisão de mudar é tomada, mas aquilo que é a programação subconsciente é contrária a essas mudanças. Nesse subconsciente residem os hábitos, as crenças que estão enraizadas desde a consituição dessa personalidade que acredita ser.

Um dos comentários mais frequentes das pessoas que enveredam num processo de autoconhecimento, é "eu percebo intelectualmente, mas depois na prática nada muda". Isto deve-se ao contraste entre aquilo que se tem consciência e aquilo que sub-jaz no subconsciente.

A solução passa por ampliar essa zona do consciente, estar focado no momento presente para aquilo que ele é, na sua totalidade, sem nada excluir. Quanto mais presente para aquilo que ocorre dentro de si, sejam as emoções, sejam os pensamentos que surgem. Mais consciente está do ser que é.

Uma prática que é útil neste estar consciente, neste ampliar do seu nível de consciência, é a meditação.

Existem muitos métodos meditativos, uns serão mais simples do que outros, cada pessoa se adaptará mais a uns do que outros. O que pode fazer é experimentar vários e escolher aquele que seja mais adequado a si. No entanto a meditação não tem de ser algo tão processual, tão estruturado que necessite de uma disciplina férrea para ter bons resultados.

Meditar é essencialmente estar em contacto consigo mesmo.

É estar consigo tal como é no agora. Permitir-se ser como é sem resistência, sem rejeitar o nada do que é. Todas as condições são boas para meditar, qualquer momento é o ideal para meditar. Não de uma forma estruturada, como alguns métodos exigem, mas sim na sua forma mais simples e natural. Que é estar atento em pleno ao agora sem apego, sem resistência.

A meditação permite treinar a sua atenção, permite criar espaço na sua atenção para que observe aquilo que acontece em si, seja dentro, seja fora de si. Quanto mais atento ao que acontece está, mais preparado está para usar os recursos que possui em si para fazer face a qualquer desafio que a vida lhe presentei. 

Pois a vida não é algo que lhe acontece, ela é aquilo que é. A vida é uma diálogo consigo mesmo, da essência para essa ideia limitada de si. Ela existe para apoiar essa ideia de limitação, para a guiar no desfrutar em pleno dessa experiência de amor que é ser humano.

Expandindo o seu nível de consciência tudo muda para si, sem no entanto nada mudar, pois o que muda é a sua relação consigo mesmo, quando observa e se torna ciente de que não é essa ideia de limitação, mas sim a essência plena que tudo inclui. Podendo desse modo ficar mais disponível para desfrutar em pleno, sem apego, ao que quer que ocorra na sua realidade.

Está nas suas mãos mudar a perceção que tem sobre quem é e desse modo mudar o seu mundo.

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