sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

O sentido da vida




O verdadeiro sentido da vida é a vida em si mesma. É viver a vida tal como ela é e como ela é percecionada dentro desta ideia de limitação que temos como a nossa personalidade. A vida não é como pensamos que ela é, mas desfrutando da vida que pensamos viver estaremos mais próximos de a conhecer como ela é de verdade. A vida é simples e perfeita e nós somos vida, nós somos simples e perfeitos. Mesmo quando complicamos. A vida não é algo que nos acontece, mas sim aquilo que somos. 

Tudo o que acontece é experiência, em si mesmo, não é boa ou má. Ela é como é. A nossa interpretação do que acontece é que a julgará como sendo um ou outra. E é esse julgamento que devemos tomar atenção por forma a não permitir que nos aprisione, que nos condicione a viver acreditando que somos menos, do que somos. De que merecemos sofrer por forma a quem sabe um dia podermos ser felizes.

Se dedicarmos a nossa atenção a viver a vida como ela é, sem desejar que ela seja outra coisa qualquer diferente do que aquilo que ela é, iremos conhecer de verdade quem somos. Conheceremos a nossa essência em toda a sua plenitude, sem necessidade de a entender, de a compreender e encaixar nos conceitos que conhecemos.

Pois a mente humana sendo limitada não pode alcançar o absoluto, a totalidade do seu existir. 

Pode no entanto desfrutar em pleno cada momento desta experiência humana e desse modo estará em conexão plena com a essência. Faz parte da natureza humana, do ego, o jogo de procurar e não encontrar, pois iremos sempre querer mais e mais. A insatisfação é a alavanca que nos leva de experiência em experiência, em busca de ser mais, de ter mais. 

O sofrimento só advém quando cremos ser apenas isso, essa personalidade que se limita a colecionar experiências, em busca de algo mais, procurando atingir um objetivo último onde a redenção seja possível. Onde o usufruto do prazer e compensação por todo o sofrimento tido, sejam alcançados. 

E isso não acontece, nem tem de acontecer, porque o propósito não é o final, mas sim todo o processo que leva até esse final. Que no caso dos humanos é a sua morte física. São as experiências momento a momento, as que ocorrem agora, que são o mais importante. 

Estando presentes no agora tomaremos consciência que já somos tudo o que poderíamos desejar ser e que nos podemos permitir desfrutar da realidade como ela é, sem nos apegarmos a ela, pois tudo é momentâneo aqui, tudo nos é emprestado. Porque a nossa essência nada precisa, ela é simplesmente perfeita. 

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