terça-feira, 5 de março de 2013

Matreira como as ilusões da vida



Aquilo que temos como a nossa vida, não é a vida em si, mas sim a nossa perceção da vida, são as ideias, os conceitos mentais que criamos sobre o que somos e sobre aquilo que acontece na nossa realidade. 

E esses conceitos tem origem em nós, são criados pela nossa mente e depois projetados na realidade que iremos experienciar e como somos nós que criamos iremos procurar e encontrar, ainda que isso ocorra a um nível inconsciente na maioria das vezes, as provas que certificam as nossas crenças, os nossos conceitos.

Na verdade aquilo que vivemos são tudo ilusões que nos enganam todo o tempo sobre o que é suposto sermos, sobre o que é suposto fazermos e estaremos sempre a cobrar de nós mesmos alcançar metas e bens materiais em busca de uma possível recompensa de felicidade e bem estar momentâneo, mas sempre num contínuo processo de busca mas não encontres.

Vamos caminhado por aquilo que chamamos de nossa vida em piloto automático, ou seja, sem consciência do Ser.

O Ser é tudo, é o todo e estando conscientes da consciência que somos, sendo testemunhas da consciência, sendo o observador do observado, estaremos conectados à essência do Ser. E em si só isso é simples, pois não exige esforço nenhum da nossa parte, pelo contrário, quando existe esforço, esse esforço é um entrave à consciência plena do Ser.

A vida somos nós, a vida é aquilo que ocorre em nós, por nós e para nós. E neste nós todos somos um só, todos estamos ligados, a ilusão surge apenas da ideia de separação, da ideia de entidades separadas, de diferentes seres interagindo uns com os outros com o objetivo de receber algo que o outra tenha para nos dar.

A perceção que temos da nossa realidade muda quando em vez de nos focarmos naquilo que podemos ganhar, que podemos receber dos outros, nos focamos naquilo que podemos partilhar, naquilo que podemos dar aos outros de forma incondicional. E isto não se refere apenas aos bens materiais, o principal são as nossas atitudes, a nossa disponibilidade de ver o outro como ele é, de verdade, sem julgamentos, sem preconceitos.

Quando o foco é a partilha teremos provas do quão abundantes somos, do quão ricos somos, pois só pode dar quem tem para dar e a consciência que temos muito é pelas dádivas que fazemos, na medida em que partilhamos, mais o universo nos apoia e prova como tudo está disponível para nós.

Assim não deixes que as ilusões da vida sejam matreiras contigo e te façam acreditar que vives em escassez, que és melhor ou pior que os outros, porque na verdade, não existem os outros, todos nós somos diferentes manifestações da consciência interagindo entre si, diferentes gotas do mesmo oceano.

Um oceano de amor, puro e incondicional amor.




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