segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

A ilusão da mente


A informação está disponível para qualquer um a consultar, para qualquer um a estudar, cada vez mais o acesso à informação se torna livre, e no entanto a produção da informação é interminável e de variadas fontes, hoje em dia a questão coloca-se mais na seleção, na filtragem da informação que está disponível.

Saber escolher aquela informação que seja útil para nós, que tenha a ver connosco, que nos permita elevar o nosso nível de consciência.

Podemos nos deixar afogar nesse imenso oceano informativo e no entanto só estaremos a ampliar a ilusão, só estaremos a acrescentar mais barreiras a experienciar a verdade da nossa essência. E a nossa essência é simples, ela é perfeita de tão simples que é.

 Mas nós,ou seja a ideia limitada de nós, não aceita que possa ser tão simples, achamos que tem de haver algo mais, que há sempre qualquer coisa que nos falta para podermos ser melhores, ser mais que os restantes, para podermos nos destacar, para sermos notados.

E isso resulta da maior de todas as ilusões que é a ideia de separação, a ideia que somos apenas um corpo e a mente que o controla.

Se acreditas que és apenas um corpo e a mente que o controla, então sim tens razão, ao te ver como separado de tudo o resto, porque de facto os outros corpos estão separados de ti ao nível daquilo que pode ser percecionado pelos sentidos limitados do corpo. E acreditas que aquilo que pensas, apenas a ti diz respeito e que não afecta mais ninguém.

Só depois a tua realidade, a vida, coloca-te desafios que te fazem duvidar e que se insistires em continuar iludido,vais achar que és uma vítima das circunstâncias, que o mundo congemina contra ti e partes para o ataque, começas a culpar tudo e todos pela tua situação e não te faltam culpados na tua realidade, sejam os teus familiares mais próximos, seja o teu patrão, os teus colegas de trabalho, seja o governo, ou outro que queiras considerar.

Mas tu sabes mais sobre ti do que tens consciência, dentro de ti possuis todas as respostas para todas as dúvidas que possas ter, na verdade aquele que duvida é parte limitada de ti, é essa ideia de limitação que cria as duvidas e que depois procura as respostas.

A tua essência é perfeita assim como é, ela é plena e é plena em todas as suas manifestações, mesmo nessas manifestações de ideias de limitação, mesmo nessas ilusões, continua a ser perfeita e plena. Podes escolher continuar a duvidar, a procurar respostas, a procurar entender quem és, e seguir teorias e práticas que te possam mostrar quem és, que o que quer que faças não interfere nem um pouco com aquilo que é a tua essência.

Ou podes escolher prescindir de saber quem és, prescindir de encontrar respostas ou de fazer perguntas que te levem a procurar as respostas e escolher aceitar-te assim como és. Aceitar estar presente para vivenciar quem és no agora, colocar toda a tua atenção, toda a tua energia a simplesmente Ser.

Tudo o resto que envolva a atividade da mente limitada nunca terá uma resposta satisfatória, pois terás sempre duvidas novas para responder, é um processo incessante de procura e não encontres e nesse processo deslocas-te do momento presente, deixas de viver aquilo que és.


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