E quanto mais idealizamos aquilo que gostaríamos de ser,mais defeitos encontramos naquilo que somos.Sendo esses julgamentos que induzem uma baixa auto-estima e um certo desanimo perante o dia-a-dia.
Essa insatisfação leva a uma incessante labuta para ter mais e mais em busca de uma felicidade idealizada na forma de objectos ou aparências físicas.Começando assim uma competição desenfreada para ver aquele que tem mais, logo maior status social que o leve ao topo da cadeia humana. Esta competição não tem lugar para os mais "fracos",segundo estes critérios, colocando-os na base da humanidade até mesmo a uma exclusão.
Como é ilusória essa realidade onde se ignora o essencial e se privilegia o acessório.
Estabelecendo esse acessório um padrão a alcançar por todos aqueles que querem ser bem sucedidos e parte integrante de uma sociedade "evoluída" . Levando essa evolução a um afastamento na natureza intrínseca de perfeição que existe em cada ser humano.
A simplicidade é o caminho que pode superar essa ilusão, onde menos significa de facto mais, muito mais.Libertando-se das camadas de separação da essência e do peso dos sacrifícios desnecessários em prole de algo que nada acrescenta ao que já é perfeito.
Toda esse conflito leva a um afastamento da vida de cada um de nós, pois esses conflitos tem sempre origem em pressupostos passados, onde cada ação é comparada com algo que ocorreu no passado que vive na memória daqueles que o alimentam,impedindo-o de ficar onde está,precisamente no passado que não pode ser alterado no presente. Outros ainda focam-se nos proveitos futuros que estabelecem como metas a alcançar, estando dispostos a sacrificar quase tudo no presente para lá chegar.Ainda que sem saúde para o desfrutar.
E nesse intervalo ninguém vive a sua vida,pois esta apenas acontece no momento presente, é aqui que podes experenciar a perfeição da tua essência.Saborear a paz que te preenche e deixar-te envolver pelo amor incondicional que é a tua natureza.
Liberta-te do ideal de perfeição que julgas que poderias ser e assim crias espaço para viver a perfeição que de facto és. E se ainda o não descobriste é porque não tens estado presente.
Mas o bom é que nunca é demasiado tarde, ou demasiado cedo para viveres aquilo que és, pois a tua essência é intemporal.
Só por agora sê, apenas sê.
Sem comentários:
Enviar um comentário