sexta-feira, 17 de junho de 2011

Ilusão

É tempo de despertar das ilusões em que vamos vivendo e que nos condicionam a desfrutar do nosso potencial. De ilusão em ilusão vamos passando de forma a permanecermos no mesmo sítio.
Tudo se passa na nossa mente, fora dela nada existe para nós. É na mente que experenciamos cada acontecimento.

É a mente que constrói o filme da nossa vida tendo sempre como referencia o passado, é este que serve de modelo para todos os acontecimentos que vamos vivendo. Estes fazem despoletar as memórias de contornos semelhantes que já vivemos no passado e faz-nos acreditar que tudo se esta a passar novamente. E somos levados a sentir e a antecipar o que se vai passar em função do que já ocorreu antes.

Todo este mecanismo de controle da mente impede-nos de estar verdadeiramente presentes em cada momento,pois estamos sempre à procura de referências passadas para o que ocorre agora.
E o medo de perder o controle e deixar de ser relevante, leva a mente a fazer-nos acreditar que tudo se repete e é melhor confiar no conforto do já conhecido. Ainda que nos magoe e seja desconfortável a aceitar passar por algo desconhecido.

Pois é este desconhecido que nos pode fazer evoluir e crescer em consciência, que nos pode permitir alargar horizontes. E perceber que o medo é a ilusão maior, é uma grilheta que nos estaca e tenta impedir de ir mais além.

E de ilusão em ilusão vamos vivendo uma vida em piloto automático, evitando abrir as janelas do interior com vistas para o infinito,para o intemporal. Só arriscando para lá dos limites poderemos saber até onde podemos ir. Sem esticar os limites não sabemos onde estes se finam.

Quem somos afinal?

Somos um conjunto de experiências somadas ao longo dos tempos e os julgamentos que fomos fazendo sobre as mesmas?

Somos apenas uma imagem construída pelas ideias que nos foram incutindo, pela educação que recebemos em casa e na sociedade?

Somos apenas uma vítima das circunstâncias e devemos-nos sujeitar ou pelo contrário somos responsáveis pela nossa vida e esta será aquilo que fizermos dela?

Se calhar somos tudo isto e nada disto, afinal tudo não passa de uma grande ilusão que vamos vivendo na nossa mente. O que há para lá dela, não temos consciência, pode haver mais ou não.

Será isso verdadeiramente importante para o nosso dia-a-dia?

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