sexta-feira, 11 de março de 2011

Direito à tristeza

Sei que é politicamente incorreto nos dias de hoje, onde a perfeição é um objetivo a alcançar por muitos, defender o direito à tristeza.

Sim podemos estar tristes de vez em quando, ou muitas vezes se nos apetecer. A dimensão dual humana contempla a tristeza e o lado sombrio de cada um.

Onde está a luz em contrabalanço encontra-se a escuridão. E é aceitando esta e olhando-a de frente que chegaremos ao equilibrio.

Se escolhermos ignorar a sombra, esta acabará por dominar a nossa vida. Aquilo a que resistimos persiste,pois alimentamos a sua força com a nossa resistência. Quando a olhamos de frente e a aceitamos, sem julgamento, permitimos que se liberte e deixe de condicionar a nossa vida.

Nesta experiência humana aceitamos limitarmo-nos em relação à nossa essência que é perfeita, precisamente para experenciar todo este rol de emoções e contradições, de altos e baixos que constituem a vida.

E é vivendo-a intensamente em cada momento que melhor partido podemos tirar dela, de outra forma no final iremos ter falta de comparencia, pois não estivemos presentes.Apenas vegetamos em piloto automático.

Assim se estiver triste, está bem.Deixe que essa tristeza esteja presente e esteja com ela. Coloque-se numa posição de observador e repare como esta se "movimenta" em si e como varia de intensidade. Sem fricções e resistencias e verá como se desvanece, apenas e só com a sua presença.

E quanto mais presente estiver, mais próximo da essência estará. Encontrando assim o seu ponto de equilibrio, onde o dual se torna uno e perfeito.

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