sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Padronização

Fala-se muito em felicidade, todos tem uma opinião sobre a felicidade.

Mas será que falamos da mesma coisa, quando falamos de felicidade?

Existe uma tendencia para padronizar a felicidade e vem da influência principalmente da proliferação dos meios de comunicação, e nomeadamente da indústria publicitária que ao serviço dos grandes interesses económicos cria uma imagem de felicidade que deve ser um objectivo para a população atingir.

É incutido um estilo de vida associada ao consumo e são definidos mesmo ao nível do aspecto físico, a forma como essa felicidade é representada.
São definidos padrões de beleza, que tornam muitos reféns desses padrões e que muitas vezes tem dificuldade em atingi-los.Gerando assim uma busca incessante para atingir tais padrões, mesmo à custa da saúde.

São exibidos objectos que se traduzem em estatus para quem os possuir e que apenas os seus proprietários serão felizes. Criando-se falsas necessidades que induzam o consumo.

E o que se verifica é que aqueles que possuem tais objectos não veem aumentada, senão temporáriamente os seus níveis de felicidade. E teem de continuar nesse ritmo de consumo desenfreado para voltar a ter esses breves momentos de felicidade. Vendo ainda aumentar a necessidade de aumentar cada vez mais o número ou o volume desses objectos.

Se cada um de nós fizer uma pausa e ficar apenas na companhia do seu Ser, irá verificar a ilusão que tudo isso representa.

Aumentando o seu auto-conhecimento irá redescobrir que de facto a felicidade genuína reside em si, é parte da sua essência, é o seu estado natural. E que independentemente do que se passar no seu exterior, essa essência feliz é imutável e eterna.

E tudo aquilo que lhe dizem precisar para ser feliz, de facto, é dispensável.

Tomando consciência de quem é, percebe que aceitando o que a realidade lhe presenteia verifica que esta não a define, nem a condiciona a não ser que assim o permita.

Vê que a felicidade não é um local, ou objectivo a atingir, mas sim algo que depende apenas da sua permissão para que se torne manifesta, pois já a possui. Que é a sua percepção que pode ou não torna-la manifesta na sua realidade.

E essa felicidade não é igual para todos, ela é intima de cada Ser. A forma como a irá viver nesta dimensão será diferente de acordo com a experiência que cada um de nós vem passar.
Sendo que na nossa essência somos todos um, somos diferentes partes de um mesmo todo.

1 comentário:

  1. A felicidade não se ganha, não se compra, não se dá... a felicidade É... e depende de nós senti-la ou não.
    (Nina)

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