sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Acreditar

Nestes tempos de incerteza e crise, a maior crise dá-se ao nível dos valores da sociedade.
Que sociedade queremos nós viver, uma como até aqui que apenas tem o lucro e o bem estar material como propósito. Onde é cada um por si, não importando como está o outro, pois não tem nada a ver comigo. Com pensamentos do tipo, antes sofra ele do que eu.
Uma sociedade onde os recursos são escassos e deve-se fazer de tudo para acumular o mais possível, onde só se é bem sucedido de ganhar muito dinheiro e tiver casas e automóveis topo de gama. Onde a felicidade é um sonho cor de rosa que os inocentes seguem pois a realidade não tem tempo para essas lamexisses. Quando muito serão possiveis momentos de felicidade ao comprar esses objectos de status tão desejados. Nesta sociedade que é governada pelos grandes interesses económicos, muitas das vezes, sem rostos que se possam responsabilizar pelos seus actos. Aqui as pessoas são números nas estatísticas que servem para prever a evolução económica e tentar impingir mais bens sem necessidade, apenas pelo prazer do consumo.
Onde os mais desfavorecidos são um mal menor, são danos colaterais do progresso imparável. Enquanto forem úteis são utilizados, para serem descartados quando o deixarem de ser.
Começa a emergir uma outra sociedade onde as pessoas contam e são o factor principal. Onde o bem estar de cada um é importante, pois tem a noção que o outro é uma parte de nós e não alguém totalmente separado. É uma sociedade que percebe que em conjunto se pode fazer muito mais, sem segregar ninguém, onde cada um contribui com aquilo que é e não pelo que tem. Sem julgamentos de valor, colocando-se na posição do outro. Pois a forma de percepcionar o mundo não é igual para todos e não existe um padrão único de validação das acções de cada um. O respeito é fundamental, aceitando o espaço de cada um e as suas diferenças. Diferenças essas que são mais valias, quando devidamente aproveitadas e valorizadas.
Uma sociedade que percebe que o meio ambiente se preserva e se respeita a natureza nos seus ritmos e diversidade. Onde se entende que tudo está conectado a um nível mais profundo de consciência.
O bom disto tudo é que estas sociedades existem em simultâneo e depende apenas da tua percepção e foco, qual delas irás ver, sentir e viver. E temos em nós o poder de mudar aquilo que achamos que deve mudar. Todas as grandes caminhadas começam pelo primeiro passo.
Dá o teu primeiro passo, assume as rédeas da tua vida.

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